Desde o final de Nov/2008 está em debate a possibilidade de Fusão entre a FAFIPA (Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí) e a UEM (Universidade Estadual de Maringá).
Em dezembro, após uma reunião realizada em Maringá com representantes da sociedade civil, reitoria da UEM e direção da FAFIPA, ficou acertada a criação de uma comissão formada por membros das duas instituições e da sociedade paranavaiense, com o objetivo de realizar um estudo técnico deste projeto.
Em 2001 a FAFIPA se tornou UNESPAR (Universidade Estadual do Paraná). No entanto, por motivos geográficos e financeiros, este projeto foi visto como inviável, pois nele ocorreria a junção de várias faculdades isoladas. A dificuldade de diálogo seria um dos problemas, nela teríamos campi muito distantes uns dos outros.
A comunidade de Paranavaí, visando uma melhor qualidade de ensino e desenvolvimento da região, almeja esta incorporação. A junção com uma instituição mais próxima, que já está estruturada, que já possui um nome, um conceito, uma força, como a UEM traria um rápido desenvolvimento para o campus e toda a região. Nascer do zero é algo difícil e demorado, a fusão com a UEM seria a melhor alternativa.
Em entrevistas concedidas pela Secretária de Estado da Ciência e Tecnologia Prof.ª Lygia Pupatto, fica evidente que a secretária é favorável a incorporação, ela afirma que “vê com bons olhos” e coloca a SETI a disposição da comissão que realizará a análise técnica.
Várias questões podem ser levantas a respeito deste projeto. Como por exemplo: quais cursos nos seriam ofertados? Seriamos uma mera extensão ou campus avançado? Os professores que não possuem mestrado e nem doutorado, que apoio seria dado para que realizassem essas qualificações? Essas indagações não são sequer o início do que deve ser questionado. Esse grande número de possibilidades que surgirão em meio o debate, nos permite chegar a várias conclusões a respeito do caminho que deve ser seguido, sendo com certeza que estamos na busca pelo melhor para nossa instituição.
Esta importante discussão que pode mudar os rumos da região noroeste tem, tomado por parte de alguns professores, um caminho nada sensato. Colocar sentimentalismo a frente de uma discussão que deve ser totalmente racional pode prejudicar o futuro da instituição. Pensar na história e rejeitar mudanças é ficar preso ao passado e esquecer os avanços da atualidade. A comunidade paranavaiense e o DCE/FAFIPA já possuem suas bandeiras de apoio favoráveis ao debate deste projeto de fusão das duas instituições, espera-se por enquanto apenas uma posição oficial da direção da FAFIPA que este ano ainda não realizou a reunião da Congregação, órgão máximo da faculdade.
Muitas dúvidas e certo receio aparecem neste momento, acredito que enquanto não possuirmos documentos que nos afirmem como se dará esse processo de incorporação, não temos o porquê de temer ou mesmo defender uma proposta que ao menos foi firmada de fato. A FAFIPA não pode e não será dada de “presente” a outra instituição.
Devemos é argumentar e pensar no destino desta faculdade que futuramente atenderá a nossos filhos, netos e outras gerações que virão. Não podemos nos restringir a um pensamento tão pequeno que coloca essa grande bem como nosso, e que, entretanto, não pensa em seu real progresso. É preciso acompanhar os avanços da atualidade e sem a presença de mudanças isso não será possível.
Essa discussão não deve ficar apenas nas mãos de nossos professores e da sociedade, nós acadêmicos devemos e temos que nos interar do assunto e principalmente levantar nossa bandeira de luta. Nossa análise acadêmica é fundamental neste momento, agora é a hora de buscarmos soluções para muitas de nossas dificuldades. É necessário que pensemos na qualidade de ensino, pesquisa e extensão, e a partir daí apoiar este debate, que possivelmente poderá atender as nossas necessidades.
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