21 abril 2009

20 abril 2009

Eleições 2009




E ae Galera, as Eleições dentro da FAFIPA, para escolha do novo diretor está chegando, e é interessante que todos venham votar. É bom que os acadêmicos votem em massa, para mostrar sua força. Pensem bem, e analizem as propostas dos candidatos. E escolha aquele que parecer menos insano (uma escolha muito difícil por sinal).


Fiquem ligados!!!



Alguma semelhança com nossa biblioteca???

19 abril 2009

• Para que serve “O Diretório Central dos Estudantes”, o famoso DCE?

Neste pequeno espaço venho questionar qual a importância do DCE, e para que ele serve? Para muitos o DCE é somente um local de encontro nos intervalos das aulas, seja para comer alguma coisa, namorar e talvez jogar sinuca. Porém, a importância do DCE vai além de um simples pit stop da FAFIPA (ou de qualquer outra faculdade).

O DCE não é somente um espaço físico “bacana” para lazer, é onde os acadêmicos encontram força para falar e serem ouvidos. Ele deve defender os interesses dos estudantes, e fazer com que suas reivindicações ganhem coro, numa luta constante por melhorias que beneficiem a todos, sempre com visões futuristas e arrojadas. Essa organização estudantil existe para representar os interesses dos acadêmicos, em qualquer área onde ele se sinta prejudicado dentro da instituição (FAFIPA). Por isso o DCE é caracterizado por lutas e movimentos.

É impossível imaginarmos a FAFIPA sem o corpo físico do DCE. Mas também é impossível pensarmos no DCE sem aqueles que trabalham para que o interesse dos acadêmicos aconteça. O DCE é constituído por uma diretoria formada pelos próprios acadêmicos, que conhece as dificuldades que os alunos sofrem, pois tais também são acadêmicos.

Já faz algum tempo que não há por parte do DCE uma união estudantil por mudanças e melhorias significativas ao acadêmico, porém as coisas parecem mudar nesse início de 2009, pois a nova diretoria está trabalhando incansavelmente para que os acadêmicos ganhem novamente uma representação significativa dentro da instituição. Mas como uma andorinha só não faz verão é necessário que os acadêmicos da FAFIPA se unam com seus representantes para discutirem e lutarem por melhorias para todos. A nova diretoria é formada por Débora Fernandes de Paiva, Diego Henrique Gonzaga, Paulino Augusto Peres, Hugo Ubaldo, Wesley Bandeira e Victor Granados Pascual. Que estão trabalhando de forma incansável para representar os acadêmicos nos seus interesses e promover eventos para os mesmos. Neste ano já foi organizado pela nova diretoria alguns eventos antes inéditos dentro da instituição, destaco aqui, a primeira festa da calourada que ocorreu na primeira semana de aula, e serviu para dar boas vindas aos calouros e recepcionar os alunos e professores que estavam de férias. A volta do jornal Aroeira é também uma conquista fantástica (ele serve para informar os principais acontecimentos dentro da Faculdade).

O DCE está programado novos eventos, ainda para o ano de 2009. Eventos culturais, sociais e interativos (isso envolve torneios de futsal intercursos, práticas educacionais como debates, seminários, simpósios, e etc.). Vejo uma luta incansável por parte desses jovens que tem trabalhado para resgatar valores a muito perdido. Valores éticos, de lutas e resistência contra aqueles que querem silenciar a voz do acadêmico, dizendo até que não existe mais DCE dentro da FAFIPA. Aceitar essa afirmação é o mesmo que dizer que o acadêmico não tem mais voz, e não tem mais o direito de se expressar, reivindicando seus direitos.

Wesley Bandeira é acadêmico do 2° ano de História pela FAFIPA, wesleysbandeira@hotmail.com

18 abril 2009

PARIDADE: DEMOCRACIA NA MEDIDA CERTA

O tema é polêmico e, acredito, fará parte das discussões acadêmicas na interior da FAFIPA. Paridade? O que é? Na comunidade universitária, o voto paritário tem peso igual (1/3) para cada um dos três segmentos que a compõe. Assim, professores, alunos e os agentes universitários possuem uma parcela igual da totalidade dos votos, constituindo-se assim, a melhor forma de representatividade da comunidade universitária na eleição do diretor e vice-diretor. Nas últimas eleições ocorridas para Diretor na FAFIPA foi aplicado o voto misto, que consiste na divisão desigual dos eleitores. Nesse caso, os votos dos professores tiveram peso de 70%, dos estudantes 15% e dos agentes universitários 15%.

O princípio consagrado no Art. 207 da Constituição Brasileira determina que as universidades “gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeiro e patrimonial”. Atualmente, nas universidades do Estado do Paraná, a eleição se faz por consulta a professores, alunos e agentes universitários. Dos três mais votados é composta uma lista tríplice que é enviada ao governo do Estado, mas nem sempre o que é mais votado é o nomeado para Reitor ou Diretor da Instituição. No Paraná, a UEL, UNICENTRO, UEPG e UNIOESTE mantêm o voto paritário como sistema eleitoral. A UEM possui o sistema setentista. Com o princípio da autonomia consagrado na Constituição, cada instituição de ensino superior do Estado pode determinar, através de seus órgãos colegiados, a forma das eleições, podendo ser o de voto universal, paritário ou misto. No caso da FAFIPA, a Congregação, órgão máximo de decisão, deverá normatizar as eleições para diretor e vice-diretor, podendo deliberar pelo voto paritário ou manter o sistema setentista nas eleições, que ocorrerá, provavelmente, em maio desse ano.

De 43 universidades federais pesquisadas, 23 adotam o voto paritário, conforme pesquisa feita pela Secretaria de Comunicação (Secom) da UnB, dentre elas destaco: Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); O voto paritário é uma “conquista histórica” dessas federais, que souberam reconhecer o mérito de cada segmento que a compõe, pois sabem que a construção democrática traz maior compromisso e responsabilidade com a coisa pública e, produz, portanto um efeito valorativo nos seus agentes sociais.

Está na hora da FAFIPA valorizar seu todo em pé de igualdade, valorizando seus agentes universitários e alunos, acabando de vez com os votos “supervalorizados” do corpo docente. O sistema setentista é discriminatório, não é democrático e nem cidadão. Mais do que votar, acredito a participação da comunidade universitária de forma paritária nas eleições para diretor vindouro, trará o reconhecimento devido ao eleito, pois nada mais confortante para quem vier a ocupar a Direção da FAFIPA, o mérito de ter participado de um processo eleitoral e sair consagrado pelas urnas democraticamente. Cabe à congregação da instituição “fazer acontecer ou não”. Que a FAFIPA possa sair desse processo mais democrática que a UEM, única das universidades paranaenses a manter o voto setentista, conforme aponta o jornal do SINTEEMAR. Que a FAFIPA possa fazer história valorizando seus agentes universitários e seus alunos, democratizando o processo eleitoral da instituição.

Vanderlei Amboni é professor mestre do Departamento de História da FAFIPA, vamboni@hotmail.com.

17 abril 2009

Fusão FAFIPA/UEM

Desde o final de Nov/2008 está em debate a possibilidade de Fusão entre a FAFIPA (Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí) e a UEM (Universidade Estadual de Maringá).

Em dezembro, após uma reunião realizada em Maringá com representantes da sociedade civil, reitoria da UEM e direção da FAFIPA, ficou acertada a criação de uma comissão formada por membros das duas instituições e da sociedade paranavaiense, com o objetivo de realizar um estudo técnico deste projeto.

Em 2001 a FAFIPA se tornou UNESPAR (Universidade Estadual do Paraná). No entanto, por motivos geográficos e financeiros, este projeto foi visto como inviável, pois nele ocorreria a junção de várias faculdades isoladas. A dificuldade de diálogo seria um dos problemas, nela teríamos campi muito distantes uns dos outros.

A comunidade de Paranavaí, visando uma melhor qualidade de ensino e desenvolvimento da região, almeja esta incorporação. A junção com uma instituição mais próxima, que já está estruturada, que já possui um nome, um conceito, uma força, como a UEM traria um rápido desenvolvimento para o campus e toda a região. Nascer do zero é algo difícil e demorado, a fusão com a UEM seria a melhor alternativa.

Em entrevistas concedidas pela Secretária de Estado da Ciência e Tecnologia Prof.ª Lygia Pupatto, fica evidente que a secretária é favorável a incorporação, ela afirma que “vê com bons olhos” e coloca a SETI a disposição da comissão que realizará a análise técnica.

Várias questões podem ser levantas a respeito deste projeto. Como por exemplo: quais cursos nos seriam ofertados? Seriamos uma mera extensão ou campus avançado? Os professores que não possuem mestrado e nem doutorado, que apoio seria dado para que realizassem essas qualificações? Essas indagações não são sequer o início do que deve ser questionado. Esse grande número de possibilidades que surgirão em meio o debate, nos permite chegar a várias conclusões a respeito do caminho que deve ser seguido, sendo com certeza que estamos na busca pelo melhor para nossa instituição.

Esta importante discussão que pode mudar os rumos da região noroeste tem, tomado por parte de alguns professores, um caminho nada sensato. Colocar sentimentalismo a frente de uma discussão que deve ser totalmente racional pode prejudicar o futuro da instituição. Pensar na história e rejeitar mudanças é ficar preso ao passado e esquecer os avanços da atualidade. A comunidade paranavaiense e o DCE/FAFIPA já possuem suas bandeiras de apoio favoráveis ao debate deste projeto de fusão das duas instituições, espera-se por enquanto apenas uma posição oficial da direção da FAFIPA que este ano ainda não realizou a reunião da Congregação, órgão máximo da faculdade.

Muitas dúvidas e certo receio aparecem neste momento, acredito que enquanto não possuirmos documentos que nos afirmem como se dará esse processo de incorporação, não temos o porquê de temer ou mesmo defender uma proposta que ao menos foi firmada de fato. A FAFIPA não pode e não será dada de “presente” a outra instituição.

Devemos é argumentar e pensar no destino desta faculdade que futuramente atenderá a nossos filhos, netos e outras gerações que virão. Não podemos nos restringir a um pensamento tão pequeno que coloca essa grande bem como nosso, e que, entretanto, não pensa em seu real progresso. É preciso acompanhar os avanços da atualidade e sem a presença de mudanças isso não será possível.

Essa discussão não deve ficar apenas nas mãos de nossos professores e da sociedade, nós acadêmicos devemos e temos que nos interar do assunto e principalmente levantar nossa bandeira de luta. Nossa análise acadêmica é fundamental neste momento, agora é a hora de buscarmos soluções para muitas de nossas dificuldades. É necessário que pensemos na qualidade de ensino, pesquisa e extensão, e a partir daí apoiar este debate, que possivelmente poderá atender as nossas necessidades.

UNIVERSALIZAÇÃO DA DEMOCRACIA UNIVERSITÁRIA

Há quatro anos iniciamos uma discussão pelos corredores da FAFIPA, de que o sistema eleitoral da nossa instituição estava fora da realidade proposta pela democracia universal. Todos sabem que Democracia é o poder do povo, logo se entende que é o poder da maioria.

O movimento estudantil, desde os anos da luta pela redemocratização do Brasil, nas décadas de 1970 e 1980, luta por maior participação nas decisões políticas e administrativas das Universidades e Escolas.

Mas sabemos que a participação dos estudantes na vida política das Universidades está sendo caçada a cada dia.

As Universidades do Paraná não fogem a essa regra. Ano passado os estudantes da UEM, perderam o direito à participação igualitária nas eleições para a Reitoria da Universidade. Ou seja, na UEM o voto dos professores, acadêmicos e técnico-administrativos que tinham o mesmo valor, com a derrota os acadêmicos perderam a representatividade nas decisões políticas da Universidade. Mesmo sendo maioria dentro dos Campos, sua participação foi reduzida a 15%.

O mesmo ocorre na FAFIPA. Os estudantes, mesmo sendo maioria, têm a sua participação minimizada. Nas eleições de 4 anos atrás, o voto da maioria, ou seja, dos acadêmicos, significou apenas 15% do valor total dos votos.

Temos que lembrar ainda que as decisões tomadas dentro de cada departamento, que deveriam acontecer com a participação total dos acadêmicos, são limitadas à presença de apenas um acadêmico. Mais do que isso, muitos professores esquecem, ou não fazem questão de lembrar, de que acadêmicos podem escolher entre eles um representante para participar das reuniões de departamento e que podem votar e opinar nas decisões.

Ainda com relação às eleições dentro nas IES do Paraná, contamos com a política autoritária do Governo Estadual. Ou seja, no dia da eleição os três candidatos mais votados para direção ou reitoria, vão para as mãos do governador, este escolhe quem ocupará o cargo administrativo, independente de ser ou não o mais votado.

A história do movimento estudantil no Brasil, assim como a luta pela redemocratização do país na década de 1980, reclama a participação universal dos acadêmicos, professores e técnico-administrativos nas decisões político-administrativas das IES. Os estudantes não podem ver o direito de cuidar do que é seu caçado por antigos militantes da democracia que se esqueceu de como é frustrante ver a democracia descer pelo esgoto.

Daniel Marques é pós graduando e ex – aluno de História da FAFIPA, daniel.bode@hotmail.com

FESTA DE "ARROMBA"

1ª calourada da FAFIPA deixa os acadêmicos pedindo "bis"

Na primeira semana do calendário letivo, a FAFIPA presenciou a sua primeira calourada em seus quarenta e três anos de história. No dia dezoito de fevereiro foi promovida pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) uma festa com o propósito de recepção dos calouros do ano de 2009. A festa aconteceu no gramado em frente ao auditório do DCE, tendo início por volta das 20h00min, contando com a presença do DJ Juliano Simonetti, que tocando músicas estilo "tuch tuch" empolgou calouros e veteranos dos mais variados cursos oferecidos pela FAFIPA. A festa que iniciou com um já considerável número de estudantes, atingiu o seu ápice por volta das 21h10min que é o horário de intervalo da instituição.

Esperava-se pelos membros do Diretório Central dos Estudantes um número expressivo de acadêmicos no horário do intervalo, seguida de uma decrescência após a retomada das aulas, entretanto, os estudantes continuaram na festa usando o gramado como pista de dança, "curtindo" tal novidade nas dependências da faculdade. Um dos membros da diretoria do DCE, Wesley Silva Bandeira declarou: "Esta calourada é um marco na história da FAFIPA, pois nunca houve uma festa de recepção aos calouros, e esta é apenas a primeira calourada de muitas outras". Enfim a vida de acadêmico é difícil e cansativa; estudamos e trabalhamos, mas o que nenhum acadêmico rejeita, é uma boa festa de "arromba".

Paulino Augusto Peres é acadêmico do 2° ano de História pela FAFIPA, paulinoperes@gmail.com.

TRANSPORTE INTERMUNICIPAL GRATUITO PARA UNIVERSITÁRIOS

O Paraná tem 6 universidades e mais 4 faculdades isoladas cobrindo todo o território estadual. Depois de anos de poucos investimentos federais na educação superior o governo Lula fez algo inédito na história do Estado do Paraná, deu início a criação de mais instituições de ensino superior gratuito. O governo federal transformou o antigo CEFET em Universidade Federal Tecnológica do Paraná UFTPR. A UNILA, Universidade da América Latina, sediada em Foz do Iguaçu está surgindo dos antigos cursos de engenharia da Itaipu binacional. A Universidade das Três Fronteiras com sede no Paraná nos municípios de Laranjeiras do Sul e Realeza, já teve a criação autorizada. E ainda a antiga Escola Técnica da UFPR ganhou autonomia passa a ser o que era antes o antigo CEFET e agora terá também cursos superiores de tecnólogos.

Assim o Paraná recupera para seu projeto de desenvolvimento um espaço importante de reflexão e de produção de tecnologia. Outros estados com menor participação no processo de desenvolvimento do país já tinham mais que uma entidade de ensino superior. Isso nos leva a ter boas perspectivas de construção dos caminhos da igualdade em nosso Estado que ainda tem que melhorar muito seu Índice de Desenvolvimento Humano.

Para colaborar com este desenvolvimento as instituições de ensino superior do Paraná tem que cada vez mais olhado para sua região de abrangência e de atuação. Hoje os principais problemas para o incremento de um projeto de desenvolvimento igualitário no Paraná estão centrados nas pequenas cidades. Nas pequenas cidades é que está à falta de investimento público e a ausência de perspectivas de que os menos favorecidos possam ter seu lugar neste novo momento. Não é a toa que a maioria dos municípios do Paraná perderam população. O que vemos é a diminuição dos pequenos municípios e a concentração da população nos centros regionais. Este êxodo é feito sem planejamento e quase sempre gera uma transferência da pobreza para as periferias das nossas maiores cidades. Assim não existe um projeto de desenvolvimento em nosso Estado que não passe pelos pequenos municípios. Assim nossas universidades têm que estar presente nos pequenas cidades.

Como a universidade pode estar participando desta realidade dos pequenos municípios? Participa com projetos de extensão, com a reflexão sobre a realidade local e bem como na formação dos quadros técnicos e científicos das próprias cidades. Hoje muitas pequenas cidades têm dificuldades em contratar profissionais como médicos, engenheiros, pedagogos e professores em geral. Na maioria dos casos nem salários altos atraem alguns profissionais a estas localidades. A formação da mão de obra local é uma solução para isso. As pessoas que já tem raízes, famílias e ligações sentimentais com as pequenas cidades têm a possibilidade maior de ficar nestes mesmos municípios e dai desenvolverem seu oficio ajudando assim a democratizar o acesso a educação e a tecnologia no nosso Estado.

Transporte Gratuito para os Universitários

Hoje nas nossas instituições de ensino superior milhares de alunos moradores das pequenas cidades estudam e ali aprendem a desenvolver uma carreira. O maior problema para estes alunos estudarem é a falta de alojamento para estudantes que deixam suas cidades para viverem nestes centros maiores, ou aqueles que ficam residindo na sua cidade e a noite se deslocam para suas universidades e faculdades. Neste último a grande dificuldade é o de se fazer esta viagem diária.

Hoje no Brasil para a educação fundamental e agora para o ensino médio o transporte já é obrigação do estado e dos municípios, ficando de fora assim os alunos do ensino superior. No corpo frio da lei caberia a União a questão da assistência ao ensino universitário, mas na prática são os estados e municípios que fazem isso.

No Paraná existem perto de 300 associações de universitários. Estas associações são as responsáveis por reunir os estudantes e providenciar o transporte diário dos universitários. Na maioria dos casos as prefeituras entram com ônibus e os motoristas. O diesel e o extra do pagamento dos motoristas são arrecadados pelas associações, com o rateio das despesas entre os estudantes. O preço pago pelos acadêmicos que varia conforme a cidade. Têm a distância percorrida, a variação do preço do diesel, os pedágios (e como tem pedágios neste estado) influem na variação do que é pago pelos universitários. Mais o preço fica entre 50 a 110 reais para cada estudante conforme o caso. Isto tem inviabilizado o estudo de muitos jovens. Assim muitas movimentações de universitarios têm acontecido em muitas cidades do Estado.

Muitas das associações de universitários estão em dividas com as prefeituras que agora cobram os pagamentos. Existem casos de conflitos entre as prefeituras e as associações. Em Candoi como exemplo o prefeito Elias Farah Neto do PSDB que está querendo cobrar da associação local 2 milhões de reais como dividas atrasadas dos últimos 6 anos de transporte e promete cancelar o serviço se não ocorrer o pagamento.

Em muitas cidades que as prefeituras pagam o transporte para os universitários existem conselheiros e fiscais do Tribunal de Contas que desaprovam o pagamento pelas administrações municipais por considerarem ilegal este ato. Esta é uma interpretação errônea e que já está sendo derrubada na justiça.

O governo do Estado recentemente adquiriu 1100 ônibus escolares novos que estão sendo distribuídos aos municípios. Assim pelo menos cada cidade do Estado terá 2 ônibus novos pára o transporte escolar. Estes ônibus na sua grande maioria ficam parados a noite quando poderiam transportar os universitários.

Em municípios como Itapoá SC e em Cedreira no RS o transporte gratuito intermunicipal para universitário já é realizado.

Em função deste movimento a partir de outubro do ano passado surge com os alunos da UNICENTRO o Fórum pela Gratuidade do Transporte Intermunicipal de Universitários.

Este movimento se expandiu para as outras regiões do estado e hoje estamos em conjunto com entidades como a União Paranaense de Estudante- UPE e a União Nacional de Estudantes- UNE, mobilizando os universitários para que tanto o executivo estadual como na Assembléia Estadual se aprove uma política para esta área. Estamos mobilizando também as associações de universitários que pressionem as prefeituras e as câmaras municipais para que também aprovem leis para implementar políticas publicas para a área.

Queremos que todos os universitários interessados procurem suas associações ou seus DCE’s, centros acadêmicos ou a UPE para que possamos mobilizar cada vez mais pessoas. Da nossa unidade vai sair à vitória da nossa luta. Não podemos concordar com esta situação de muitos jovens não conseguirem estudar por falta de meios de se deslocar até suas universidades e faculdades. O ensino superior tem que estar ao alcance de todos os interessados é um direito constitucional que estamos defendendo. Queremos um Brasil e um Paraná melhor. Queremos ajudar a criar os caminhos da igualdade no nosso país.

Elton Barz é professor universitário e coordenador do Fórum pelo Transporte Intermunicipal Gratuito dos Universitários, elton@operario.com.

12 abril 2009

MEC afirma: “Não há impedimento legal para o voto igualitário!”

Na quarta-feira dia 08 de abril de 2009, a Congregação se reuniu para tratar de assuntos relevantes à eleição que ocorrerá em meados de maio. Sendo proposta por parte da direção a diminuição do peso do voto do estudante de 15% para 10%, os cinco representantes acadêmicos da congregação se opuseram, propondo a instituição o voto paritário, sendo que foram quase impedidos de colocarem sua proposta em pauta. Professores usaram o artigo 56, parágrafo único da LDB (Leis de Diretrizes Bases da Educação Nacional) como defesa da não possibilidade da paridade.

A demanda acerca da paridade de votos para escolha dos dirigentes das instituições de ensino superior é muito antiga.

A Constituição Federal, em seu artigo 207 estabelece:

“Art. 207 - As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.”

Todavia, a LDB estabelece no parágrafo único do art. 56 que:

“Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional.

Parágrafo único. “Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.”

Um levantamento realizado pela UnB Notícias aponta que, das 54 instituições, 31 (contando com a UnB) atribuem o mesmo peso aos votos de professores, acadêmicos e funcionários.

A questão posta em pauta é: “como que diversas universidades espalhadas pelo país usam a paridade como modo de eleição de seus dirigentes, sendo que o MEC subordina universidades e faculdades ao artigo 56 da LDB?”

A resposta é simples, e é explicada pelo secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota: “Não há impedimento legal de que as associações das categorias organizem consultas informais usando qualquer composição. Cabe, posteriormente, ao conselho (congregação) superior, formado pela maioria de docentes (70%), referendar ou não a consulta.”

Em que pese tudo quanto dispõe a LDB, quase a totalidade das instituições agregou à decisão uma consulta à comunidade universitária paritária ou não, coisa que a direção da FAFIPA impediu.

Assim, entendemos que somente um processo de escolha que envolva toda a comunidade acadêmica poderá legitimar seu dirigente, ou seja, nada impede de se realizar uma consulta pública antes de tomar qualquer decisão e que, não se está engessada pela LDB, como já vimos.

Na verdade, a posição de impossibilidade de voto paritário acabou sendo equivocada em razão do que afirmou a direção da faculdade por força do que dispõe a LDB nesta última reunião da congregação. Se a paridade fosse ilegal, o próprio MEC não indicaria uma consulta da comunidade acadêmica acerca do tema.

Paulino Augusto Peres, acadêmico do 2° ano de História pela FAFIPA e representante acadêmico na congregação. Email para contato: paulinoperes@gmail.com

06 abril 2009

Exigências da FAFIPA para a UEM

Na última sexta (03/04) realizou – se na ACIAP a segunda reunião da comissão de análise técnica sobre a Fusão FAFIPA/UEM. Estiveram presentes representantes da sociedade civil e professores. Neste encontro foi entregue a lista de reivindicações da FAFIPA que darão início a discussão deste projeto, essa listagem será entregue a UEM para que daqui quinze dias seja realizada uma reunião com os membros da UEM aqui em Paranavaí.

As reivindicações podem ser lidas aqui.

Depois de lidos as os pedidos da FAFIPA, podemos levantar várias hipóteses: quais as preocupações do nosso diretor e das outras duas representantes? Estarão mesmo interessados no crescimento de nossa instituição? Por que propõem para UEM, mudanças que eles próprios não querem para a FAFIPA? Será possível mesmo a criação de tantos cursos neste curto tempo que pedem? Por que a FAFIPA em seus 43 anos só conseguiu 11 cursos e agora quer tantos em pequeno prazo? Essas são apenas algumas das várias questões que se encontram subentendidas nas exigências.

Mas mesmos com tantas dúvidas, o que mais me aflige é a impossibilidade de nossa participação acadêmica nestas exigências, não podemos esquecer que este texto nem ao menos foi posto em edital na sala de professores e também não foi exposto aos funcionários dos outros setores. Alguma coisa de errado está acontecendo. Três pessoas podem falar sem consulta alguma, por mais de 2.300 pessoas? Me parece que querem realizar a discussão sem a participação de quem está realmente interessado nos benefícios para IES.

Não dá para esquecer que se fossemos esperar pelo diretor Paszcuzuk, o DCE nem estaria participando dessa comissão de analise técnica. Portanto, afirmo e sem medo, que estas exigências não expressam a vontade da comunidade acadêmica, pois, ali fica explicito vários interesses, menos a preocupação com a qualidade de ensino, pesquisa e extensão. Apenas a criação de cursos não atende as nossas necessidades, queremos qualidade e não apenas quantidade!

No início de janeiro o DCE encaminhou um ofício solicitando uma vaga nesta comissão, ele apenas respondeu um documento protocolado com um simples rabisco no verso do próprio ofício e disse que isso não cabia a ele decidir e sim a sociedade civil. Que diretor é este que nega aos alunos seu direito instituído? Se não fosse à comunidade de Paranavaí atualmente não estaríamos participando de forma alguma desta discussão.

O que se pode concluir analisando este documento é que ele está cheio de contradições e elas são claras, as pretensões também extrapolam e mostram a falta de coerência. O que não podemos concluir é o porquê disso de tudo, as dúvidas vão ficar no ar, quem puder responder deixe seu comentário!

03 abril 2009

Música do Gabriel o Pensador, com certeza uma crítica a nossa sociedade e ao sistema educacional. Vale a pena analisar a sua letra.

"Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino"